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quinta-feira, 16 de junho de 2011



A graça da humildade
Senhor Jesus, manso e humilde, desde o pó me sobe e me domina esta sede insaciável de estima, esta necessidade imperiosa de que todos me queiram bem.
Meu coração está cheio de delírios impossíveis.
Preciso de redenção. Misericórdia, meu Deus.
Não consigo perdoar,
O rancor me queima,
As críticas me ferem,
Os fracassos me afundam,
As rivalidades me assustam.
Meu coração é soberbo. Dá-me a graça da humildade, meu Senhor manso e humilde de coração.

Não sei de onde me vêm estes desejos loucos de impor minha vontade, de eliminar o rival, de dar rédeas à vingança. Faço o que não quero. Tem piedade, Senhor, e dá-me a graça da humildade.
Grossas correntes prendem o meu coração: este coração lança raízes, submete e se apropria de tudo o que sou e faço, de tudo que me rodeia. E dessas apropriações vêm-me tanto susto e tanto medo. Infeliz de mim, proprietário de mim mesmo! Quem vai romper minhas cadeias? Tua graça, meu Senhor pobre e humilde. Dá-me a graça da humildade, a graça de perdoar de coração, a graça de aceitar a crítica e a contradição ou, ao menos, de duvidar de mim mesmo quando me corrigirem.
Dá-me a graça de fazer, tranqüilamente, a minha autocrítica.
Dá-me a graça de me manter sereno nos desprezos, esquecimentos e indiferenças; de sentir-me verdadeiramente feliz no anonimato; de não fomentar auto-satisfações nos sentimentos, palavras e atos.
Abre, Senhor, espaços livres dentro de mim para que os possas ocupar, Tu e meus irmãos.
Por fim, meu Senhor Jesus Cristo, dá-me a graça de ir adquirindo, paulatinamente, um coração desprendido e vazio como o Teu; um coração manso, paciente e benigno. Cristo Jesus, manso e humilde de coração, faze meu coração semelhante ao Teu. Assim seja.

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